

Um pianista pelo mundo
História de Fabio Luiz Caramuru
Autor: Museu da Pessoa
Publicado em 21/11/2013
Ponto de Cultura – Museu Aberto
Depoimento de Fabio Luis Caramuru
Entrevistado por Eduardo Barros e Leandro Cusin Revisado por Gustavo Kazuo
P/1 – Fabio, a gente começa as nossas entrevistas aqui no Museu sempre com três perguntas padrão: nome completo, local de nascimento e a data de nascimento.
R – Fábio Luis Caramuru, São Paulo, 14 de setembro de 1956.
P/1 – E o nome dos seus pais, Fábio?
R – Ronald José Caramuru e Neide Belo Caramuru.
P/1 – Eles são vivos?
R – Minha mãe faleceu quando eu tinha cinco anos. Meu pai está vivo.* em 2013
P/1 – Você sabe como eles se encontraram?
R – Os dois eram bancários, trabalhavam na mesma agência no Banco Noroeste, no final da década de 1940. E se casaram em 1950
P/1 – Então eles se conheceram no ambiente de trabalho.
R – No ambiente de trabalho.
P/1 – E você tem irmãos?
R – Tenho, meu pai se casou duas vezes. Eu tenho um irmão do primeiro casamento e tenho mais três do segundo.
P/1 – Quais são os nomes deles?
R – O Frank, que é o meu irmão inteiro, e os outros são Paulo, Lúcia e João.
P/1 – E como foi sua primeira casa aqui em São Paulo? Onde foi sua primeira infância?
R – A primeira infância se deu no Jardim Paulista. A gente morava numa casa na Rua Cravinhos, que é uma rua bem pequenininha, uma travessa da Avenida Nove de Julho. Ela começa na Avenida Nove de Julho e acaba na Alameda Casa Branca. E eram duas famílias que moravam na mesma casa, duas irmãs – minha mãe e minha tia com as respectivas famílias.
P/1 – Qual é a lembrança mais remota que você tem dessa casa?
R – Eu lembro – eu devia ter uns três anos mais ou menos – daquela agitação, aquela coisa de primos, primas; eu era filho único na época. Eu lembro dos almoços, das refeições, essa é a coisa que mais me marca.
P/1 – E o seu primeiro irmão? Quando ele nasceu como era a sua relação com ele?
R – O meu irmão tem cinco anos a menos que eu. Quando ele nasceu minha mãe faleceu; ela teve um problema, houve uma cirurgia e ela faleceu no parto. Então foi um início de vida muito difícil pra ele, muito difícil pra mim porque tinha perdido a minha mãe. Não são memórias muito agradáveis: uma criança recém nascida; meu pai em casa meio desnorteado. Infelizmente, é uma memória um pouquinho difícil essa, desse comecinho de convivência com ele.
